domingo, 11 de julho de 2010

Localização da Africa do sul (jair)

País mais desenvolvido do continente negro, a República da África do Sul foi isolada pela comunidade internacional durante décadas por adotar a segregação racial. Esse regime, o apartheid, foi construído ao longo do processo que tornou o país independente. Durante as décadas em que vigorou, imprimiu em toda a vida nacional profundas marcas, ainda visíveis depois que o país empreendeu a construção de uma sociedade mais igualitária. A África do Sul está situada no extremo meridional do continente. Limita-se ao norte com Botsuana e Zimbábue, a nordeste com Moçambique e Suazilândia, a leste e ao sul com o oceano Índico, a oeste com o oceano Atlântico e a noroeste com a Namíbia.
Ocupa uma área de 1.223.201km2, dentro da qual, no sudeste, está encravado o reino de Lesoto. A sede do poder executivo é Pretória e a do poder legislativo é a Cidade do Cabo. O judiciário está baseado em Bloemfontein.

O país tem aproximadamente dois mil quilômetros de costa, sendo dois terços no oceano Índico e o restante no Atlântico. Do litoral para o interior, sucedem-se uma estreita faixa formada por terras baixas, uma escarpa que atinge 1.600m de altitude e finalmente um planalto central. A escarpa é mais acentuada na parte oriental, perto do oceano Índico. Ali se eleva a cordilheira de Drakensberg, onde se localiza o ponto culminante do país, o pico Thahana Ntlenyana, com 3.482m. A região interior é de chapadas a pique, alternadas com longos espigões, que lembram a estrutura do sul do Brasil. O planalto domina o relevo do país, que tem quarenta por cento do seu território acima de 1.200m de altitude.
Nas plataformas costeiras, o clima varia devido à corrente marítima fria de Benguela, e à de Moçambique, quente. Em seu conjunto, o país tem um clima temperado, exceto no extremo norte, de características tropicais. A temperatura média é de 16ºC na Cidade do Cabo, 19ºC em Pretória e 20ºC em Durban. As geadas são freqüentes no inverno e a estação chuvosa vai de outubro a abril. As chuvas são mais intensas na costa leste e ao longo da cadeia de Drakensberg.
Todo o território do país é sujeito a secas. A África do Sul é também a parte do continente mais afetada pela erosão dos solos, exceto em suas áreas desérticas. Há cinco tipos de vegetação no país: floresta, no litoral oriental e meridional e nas áreas montanhosas; savana (bushveld), formada de mato espinhoso e erva no verão, na parte oriental das províncias do Cabo, Natal e Transvaal; campos (veld), nas áreas elevadas e frias; semidesértica, especialmente no Karroo, e desértica em Kalahari e Namib; e maquis, vegetação mediterrânea, no extremo sul do país.
A fauna é rica, embora a caça e a urbanização tenham provocado a extinção de numerosas espécies. Por outro lado, uma política de conservação iniciada no fim do século XIX levou à criação de parques nacionais e reservas de caça provinciais, que proporcionaram certa proteção. O mais importante é o parque nacional de Kruger, no Transvaal.
Dentre os carnívoros, destacam-se o leão, o leopardo, a hiena e o chacal. No litoral sul, aparecem eventualmente elefantes. Girafas, hipopótamos e búfalos encontram-se apenas no norte do país; veados, no nordeste; e antílopes, em todo o território sul-africano.
A maior parte dos rios possui regime temporário e percurso reduzido. Aqueles que deságuam nos oceanos são navegáveis apenas por alguns quilômetros a partir da foz. Os rios mais importantes são o Orange (2.092km), que desemboca no Atlântico, seu afluente, o Vaal (1.206km), e o Limpopo, que deságua no Índico.
Imigrantes de várias origens se encontraram no território sul-africano. Aos primeiros holandeses que colonizaram a região do Cabo, sucederam huguenotes franceses e, no século XIX, britânicos e alemães. Nas últimas décadas do século XX, vieram para a África do Sul portugueses e italianos, engrossando a corrente tradicional de imigrantes britânicos

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